Há muitas formas de proibir um livro
Há muitas formas de proibir um livro
Goethe-Institut, Lisboa | 8 de abril
Entrada livre (sujeita à lotação da sala). A sessão será gravada

 

Em Portugal, como noutros países, temos visto um aumento significativo das tentativas de proibir livros, intimidar quem escreve, quem publica e quem lê. Em julho de 2024, foi publicado um comunicado, hoje subscrito por mais de 3100 pessoas, que denunciava os ataques verbais, a invasão da privacidade de diferentes pessoas, a criação de um clima de medo e insegurança, o discurso de ódio.

Estes ataques diretos, no entanto, não são a única forma de proibir um livro. Bibliotecários e professores, pessoas que fazem escolhas, perante a violência de ataques, ameaças, insinuações, pressões, podem optar pela autocensura ou censura silenciosa, de forma a evitar tensões. Sendo nós todos pessoas com opiniões e convicções, também é possível optarmos pelo cancelamento de autores e livros com cujos temas ou abordagens não concordamos.
 
Neste contexto, muito real, é preciso entendermos melhor como funciona a censura, a autocensura e o cancelamento; o que significa liberdade de expressão, como podemos proteger-nos da violência, e como podemos garantir o respeito pela Constituição e pelos direitos humanos essenciais e, ainda, fortalecer a Democracia. 
 
Este evento dirige-se a bibliotecários, professores, escritores, editores, livreiros, pais e mães, alunos e alunas e a qualquer pessoa com interesse nesta temática. 
 
 

Organização

Acesso Cultura, BAD – Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação e Documentação, Goethe-Institut, Plano Nacional de Leitura
 
 
 
 

 
 
Programa
 
 
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Notas biográficas
 
André Barata é professor catedrático na Universidade da Beira Interior, onde dirige, presentemente, a Faculdade de Artes e Letras. No âmbito da investigação científica, coordena a Unidade de Investigação Praxis – Centro de Filosofia, Política e Cultura. Preside, ainda, à Sociedade Portuguesa de Filosofia. Os seus interesses académicos circulam pela filosofia social e política e pelo pensamento fenomenológico e existencial. Assina regularmente colunas no Jornal Económico e no Público. É autor de vários livros de ensaio e, mais recentemente, publicou na Documenta uma trilogia: E se parássemos de sobreviver – Pequeno livro para pensar e agir contra a ditadura do tempo (2018); O desligamento do mundo e a questão do humano (2020) e Para viver em qualquer mundo – Nós, os lugares e as coisas (2022).

Luís Neves é licenciado em Direito, ingressou na Polícia Judiciária em 1995, após uma breve passagem pela advocacia. Na Polícia Judiciária, esteve sempre ligado à investigação criminal, na esfera do crime violento e organizado, terrorismo e todas as formas de extremismo violento, como: rapto, sequestro, tomada de reféns, assalto à mão armada, tráfico de armas, tráfico de seres humanos, crimes cometidos com recurso a engenhos explosivos e crimes contra órgãos de soberania. Foi Diretor da Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) e da extinta Direção Central de Combate ao Banditismo (DCCB). É Diretor Nacional da Polícia Judiciária desde 18 de junho de 2018.

Rui Cardoso Martins (Portalegre,1967) é escritor, cronista, argumentista, dramaturgo. Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, foi repórter na fundação do Público em 1990. O primeiro romance E se eu gostasse muito de morrer (D. Quixote, 2006) foi traduzido para espanhol, inglês, húngaro, russo e francês. Deixem passar o homem invisível” (2009) valeu-lhe o Grande Prémio de Romance da Associação Portuguesa de Escritores (APE). Lançou ainda Se fosse fácil era para os outros (2012), O osso da borboleta (2014) e Levante-se o réu (2015), recolha de crónicas de tribunal editadas durante anos no jornal Público, com as quais ganhou dois prémios Gazeta de Jornalismo e o Grande Prémio Crónica da APE (2017). É autor ou coautor de argumentos e guiões de longas-metragens, como “A Herdade”, de Tiago Guedes, candidato ao Leão de Ouro de Veneza 2019, de “Mal Viver/Viver mal/Hotel do Rio”, de João Canijo, Urso de Prata em Berlim 2023, de “Sombras Brancas” (com Fernando Vendrell), de “Câmara Lenta” (última obra do mestre Fernando Lopes), “Duas Mulheres” ou “Zona J”. Cardoso Martins é coautor (com Edgar Medina e Guilherme Mendonça) das séries “Sul”, “Causa Própria” e “Matilha”. Cocriador dos programas de humor “Contra-Informação”, “Herman Enciclopédia”, “Estado de Graça”, “Conversa da Treta”. Em 2017, recebeu a Bolsa de Residência Literária Camões Berlim, durante a qual escreveu a peça dramática Última Hora, estreada no TNDM II e editada pela Tinta-da-china. É um dos autores da peça A sorte que tivemos, com que o Teatro de Almada comemorou os 50 anos do 25 de Abril e o responsável, em 2024, do curso “O Sentido dos Mestres”, do Festival Internacional de Teatro de Almada. Tem contos em revistas nacionais e internacionais. É professor universitário de Crónica (FCSH) e de argumento de Cinema e Televisão (Lusófona). Editou em 2024 o seu quinto romance, As melhoras da morte.

Sofia Branco é atualmente presidente da Associação de Literacia para os Media e Jornalismo e jornalista na agência Lusa. É autora dos livros Cicatrizes de mulher e As mulheres e a guerra colonial. Está a fazer doutoramento em Sociologia, com uma tese na área dos Estudos sobre as Mulheres.


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