O sistema e-elearning sobre estratégias de promoção da leitura funciona do seguinte modo: cada grupo de aulas possui um vídeo principal, na janela maior e um conjunto de vídeos complementares. A janela dos vídeos associados "ilumina-se" quando se aborda o tema e o formando é livre de seguir as sugestões dos vídeos complementares. Na base do sistema modular existe um conjunto de documentos e diapositivos que complementam a informação de cada aula.
Quando falamos de promoção da leitura, falamos de ler, interpretar, falar e escrever. O importante é que quando promovermos atos de leitura possamos ter esses atos planificados, para que esse ato tenha o mesmo peso e valor de um outro qualquer ato educador/formador.
Nesta fase da nossa ação de formação, acredito que já estamos conscientes de que o ato da leitura se faz em diferentes níveis e modalidades de leitura, que fazer diferentes tipos e operações de leitura e utilizar diferentes técnicas de leitura nos alarga o pensamento, o vocabulário, nos aumenta os mundos, nos proporciona aperfeiçoamento e nos dá a competência funcional e literária necessárias para podermos ser mais interventivos na sociedade, ou seja desenvolve-nos a literacia funcional e, hodiernamente, e cada vez mais, a literacia digital, que não pudemos descurar.
Depois de dominarmos, minimamente, os aspetos apresentados até agora, importa, então, partir para uma nova etapa, ou seja, preocuparmo-nos em promover nos adultos uma leitura mais dinâmica, de acordo com o que vários autores nos apresentam como técnicas de leitura para promover leitura, e de preferência leitura dinâmica. Leitura dinâmica significa mais leitura, com mais velocidade e competência de compreensão do conteúdo, de acordo com o que a seguir tentamos deixar como uma possível forma de a desenvolver.
A leitura exige uma técnica. É um ato profundamente pessoal e um vetor de formação permanente de desenvolvimento cultural, profissional e de inserção social, uma vez que, a leitura, responde a uma necessidade constante no crescimento do nosso ser individual, enquanto ser social, nomeadamente, através de diversas manifestações de participação coletiva, como o teatro, as palestras, os colóquios, os círculos de leitores, etc.
Todas as áreas, módulos, unidades, atividades, temas, etc, devem fazer parte do ato de leitura e podem ser concretizadas de forma intermultitransdisciplinar. Cabe-nos a nós saber promovê-las, planificá-las (com objetivos, atividades, estratégias e tarefas, calendarização, recursos, avaliação) e concretizá-las, tendo sempre presente que, o que nos interessa e que mais importante do que o método/técnica usado, é a eficácia e o resultado que se atinge.
Todos nós sabemos fazer projetos e sabemos quais são os itens que os compõem e como desenvolver cada um deles. Por isso, mais do que explicar aqui como fazer um projeto de leitura (deixaremos pistas e bibliografia para que possamos pesquisar e procurar), importa é que, cada um de nós, que vai trabalhar com jovens e adultos, perceba aquilo que foi explanado ao longo desta ação e que, tal como dissemos logo no primeiro dia, não há receitas, nem projetos modelo e/ou de excelência.
Tudo isto foi a teoria. Estamos, agora, na hora de irmos para a prática! No contexto desta formação de formadores foi nossa intenção fundamentá-la numa perspetiva diversificada e vasta de educação e de formação, norteada, sobretudo, para que, enquanto formadores de adultos (rever o perfil de formador de adulto de que falámos), possamos estar mais atentos e capacitados para acompanhar e orientar jovens e adultos no seu processo de formação, valorizando a heterogeneidade dos seus saberes e, consequentemente, aumentar a sua autoestima e confiança, de forma a termos adultos mais competentes em todas as vertentes: cultural, social, familiar, profissional e de literacia funcional e digital.
