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Cursos 2025
Junho: Como (não) gostar de poesia?
 

O que gostava de saber sobre leitura?  

A Academia do Plano Nacional de Leitura inicia 2025 comcursos para todos, online e gratuitos.  

Escritores, ilustradores, editores, académicos e jornalistas apresentam e discutem questões sobre leitura. 

 

O que gostava de saber sobre leitura?  

A Academia do Plano Nacional de Leitura inicia 2025 comcursos para todos, online e gratuitos.  

Escritores, ilustradores, editores, académicos e jornalistas apresentam e discutem questões sobre leitura. 

 

Consulte, abaixo, todos os cursos disponíveis. 

As inscrições para cada curso abrem com um mês de antecedência. 

 

Inscreva-se aqui no curso "Como (não) gostar de poesia?", com José Anjos, a iniciar no dia 17 de junho. 

As inscrições são limitadas e por ordem de chegada.  

 

O curso é acreditado comoAção de Formação de Curta Duraçãopara educadores e professores dos ensinos básico e secundário(3 horas de formação certificada pelo CFAE CENFORES). 

Se pretende a certificação do curso como ação de formação de curta duração, registe-se por favor, no CFAE CENFORES e inscreva-se no curso "Como (não) gostar de poesia?". 

 

A inscrição no  CFAE CENFORES é complementar e não dispensa a inscrição junto do PNL2027. 


Informação sobre certificação

 


 curso de junho

 

Biografia:

José Anjos [pdf]


Sinopse:

             A poesia adora andar descalça nas areias do verão 

             Eugénio de Andrade 

 

A grande maioria das pessoas vira as costas aos versos, escreveu o poeta mexicano José Emilio Pacheco. Ora, perante a questão – talvez inusitada – de saber se é possível gostar (inatamente) de poesia, ou se, não gostando, será possível aprender a gostar, arriscamos apenas uma resposta possível (mas não lisa de complexidades), no exato sentido inverso: não só não é possível não gostar de poesia, como não é possível não aprender a gostar. Seja essa a vontade, claro está. E talvez o termo certo não seja gostar, mas tão só o sentido íntimo e inelutável que o poema desperta em cada um. A porta abre-se então para o que é realmente complexo (talvez melhor dizer misterioso): como é que a poesia entra na nossa vida? E o que faz aqui? O que pode? É seguro abrir? Existirá com certeza uma barreira inicial, que exige fôlego: numa vida de si já tão pesada e ocupada, toda a leitura é tempo roubado, como alguém disse sabiamente. Isto não quer dizer que seja tempo perdido, muito pelo contrário. Mas parece ser uma imposição acrescida, a de ter tempo para parar, respirar, sentar, abrir sentidos e disponibilidade, paciência e esforço, para entrar no poema até este nos devolver do outro lado. Quanto a este aspeto, diremos também que o que se passa é talvez o seu (quase) inverso: a poesia é algo que nos acontece todos os dias, não apenas em sentido figurado (todos os dias acontecem poemas connosco e à nossa volta, quase impercetíveis, indizíveis, impossíveis de escrever, a música secreta inaudível, de que fala António José Forte), mas também literal: de facto, estamos cercados por poemas que alguém publicou, alguém disse, alguém partilhou, e é bem provável que nos tenham passado ao lado. Não se trata tanto de ir à procura da poesia (a busca é a negação do amor), mas de abrir um espaço interno à atenção, que é o mesmo que dizer “disponibilidade”. Uma atenção flutuante, se assim quisermos, mas cirúrgica. Na verdade, nem se trata de gostar ou de aprender a gostar de poesia, mas sim de poemas em concreto. Nenhum poema nos dá garantias, como escreveu Roger Wolfe, até porque há uns piores, outros melhores, assim como há leitores e públicos diferentes. Aí reside o lugar do leitor: além do da atenção, o da escolha, esta sim um ato de criação tão relevante como o da escrita. Como bem escreveu André Tecedeiro, cada um lê no poema / o poema que traz em si. É preciso dar uma chance ao poema, a vida não se faz sozinha e na verdade nunca é suficiente, porque não está acabada, e, para mais, dá-nos desgostos. É preciso procurar sem procurar, ir ao encontro de um lugar que não sabemos qual é, essa inauguração sentimental de que fala António Gancho. E de onde nunca voltamos os mesmos. É a própria realidade (ou a perceção da mesma) que muda quando nos confrontamos, por intenção ou atenção, com um desses poemas que nos atingem ao contrário: tapando um buraco, como se se completasse mais uma peça do puzzle, e abrindo outro, por onde sairá o que tiver de sair: seja expressão, criação, interpretação, ou simplesmente vontade de ler mais e de partilhar. Jean Cocteau resumiu magistralmente esta questão sem a querer resolver (só cada um pode), ao escrever que a poesia é essencial, só não sei para quê.

Neste curso propõe-se uma viagem em duas etapas e sessões, respetivamente a 17 e 24 de junho, pelas 18h30, começando por uma seleção de alguns dos poemas e poetas mais relevantes (mesmo que esquecidos) desde a metade do século XX até aos dias de hoje, incluindo escolhas do formador, passando pela miríade de mitos, cânones, afetos e aversões, em que o meio da poesia é pródigo. Acima de tudo, uma visão para perceber qual o lugar e o alcance da poesia hoje, para cada um e num mundo cada vez mais inclemente e difícil de entender (e explicar), mas também para vislumbrar em que medida esta deve ser destacada, por um lado, mas também dessacralizada, por outro – a tal desimportantização de que fala Alexandre O’Neill –, e qual o papel (fundamental) do leitor de hoje. E, ao falarmos de leitores, falamos também de ouvintes de poesia, porque um dos meios mais importantes de divulgação e partilha de poemas não se esgota no livro: um poema dito pode apanhar-nos de surpresa e criar uma urgência na leitura, porque os versos, por vezes, como bem escreve José Emilio Pacheco, não têm outro remédio senão entrar nas casas quando ninguém os vê e tentar abrir caminho nos olhos, nos ouvidos e nas mentes de quantos não os convidaram. A segunda sessão será sobretudo incidente sobre a relação da poesia com outras formas de expressão artística (nomeadamente a música, com exemplos), não só enquanto veículo de partilha, leitura, tradução…, mas também como proposta de criação a partir do e em conjunto com o poema, esse ser vivo em constante transformação: de si próprio, de quem o escreve, de quem o lê, e, por conseguinte, do mundo.

 

 

  

Cursos 2025

 

Academia:

Cursos 2025 [pdf]

 

 

Porquê ler os clássicos


Biografia:

Carlos Reis [pdf]

 

Sinopse:

   O curso “Porquê ler os clássicos” visa um conjunto de questões centradas na noção de clássico, enquanto termo recorrente na metalinguagem dos estudos literários, com especial incidência nos autores designados como “clássicos”. Essa recorrência envolve um conjunto de aceções em que aquele termo, por natureza polissémico, é utilizado, o que condiciona a sua utilização, seja em contexto escolar, seja de forma alargada, em cenários de leitura sem propósito pedagógico.

   A expressão que norteia o curso (o “porquê”) suscita hipóteses de trabalho de índole explicativa e justificativa, mais do que finalística (o “para quê”). A orientação assim definida levanta indagações de vária ordem, a seguir explanadas. Assim:

  • clássico pode ser postulado de forma trans-histórica, como um conceito abstrato suscetível de utilizações variadas e transliterárias.
  • clássico pode ser entendido em termos histórico-literários, em direta ligação com uma certa configuração periodológica.
  • Será possível distinguir uma vinculação do clássico ao tempo cultural da Antiguidade e do classicismo, de uma sua utilização na modernidade.
  • A ligação do clássico à noção de cânone não é inevitável, mas existem elos de afinidade que permitem associar, em certos momentos e contextos, ambos os conceitos e as suas eventuais integrações pedagógicas.
  • O clássico não é imune a movimentos de paródia e de descanonização, o que permite falar em formas singulares da sua presença nos nossos dias.

   Para adequada análise destes tópicos de reflexão, o curso será apoiado por textos doutrinários incidindo sobre a noção de clássico (e da leitura dos clássicos), bem como de autores da literatura portuguesa, designadamente, Camões, Eça de Queirós, Fernando Pessoa e Sophia de Mello Breyner Andresen.


 

 

 

 Regina dos Santos Duarte

 

Biografia:

Regina dos Santos Duarte [pdf]

 

Sinopse:

O curso "Como ler e porquê?" pretende fornecer pistas de reflexão, ferramentas, recursos e sugestões de leitura para adultos com poucos hábitos de leitura ou que queiram ampliar os hábitos que já têm. Questionamos o que é ler bem e como conseguir ser um leitor mais regular e consciente do seu processo e percurso. 

O curso começa com uma breve história da leitura, em que se problematizam sucessos, medos e imprevistos. Abordaremos a criação de hábitos de leitura, com sugestões práticas para concentração, rotinas e estratégias de leitura ativa, e discutiremos como escolher livros, partindo de diferentes perfis de leitoresRefletiremos sobre partilha de leituras, em contextos pessoais, sociais ou profissionais, e sobre modos de formar comunidades de leitores adequadas às nossas vontades e necessidades. 

Em todas as sessões serão apresentadas sugestões de leitura. 

 

 

 

 Como ler imagens em álbuns ilustrados?

 

Biografia:

Alain Corbel [pdf]

  

Sinopse:

Quando se trata das imagens, cada parâmetro é importante: a composição, as cores, a textura até. Não há pormenor insignificante. Criar uma imagem é colocar o leitor à frente de uma janela, a uma certa distância de um objeto, que seja um casal sentado num banco, um pássaro num ramo, etc. Esta distância também não deve nada ao acaso, é quase uma questão moral. Podemos ser abusivos ao olhar por cima do ombro de alguém, ou respeitosos ao deixar em paz um casal de namorados. 

Que seja uma pintura, uma banda desenhada, um filme, ou uma publicidade, a construção das imagens é igual e todas respondem à mesma funcionalidade: comunicar. Um álbum ilustrado não é exceção. Uns são cativantes, outros não, alguns têm uma função específica, mas não todos. Então, qual é a receita de uma boa imagem, ou um bom álbum ilustrado, se é que existe alguma?

As imagens podem questionar-nos, mas a sua articulação com o texto também. 

Ler um livro ilustrado parece fácil, mas talvez seja muito mais complicado ou subtil do que parece. É sobre isso que a apresentação irá evocar, através de exemplos específicos e de um pouco de análise semiótica.

 

 

Curso de fevereiro

Biografia: 

Isabel Lucas [pdf]

 

Sinopse: 

Num tempo em que a viagem se democratizou e tornou massiva, o que nos traz um dos géneros literários mais antigos, fundadores do que entendemos por narrativas da descoberta do outro? Da Odisseia aos testemunhos atuais, vamos entrar no universo da literatura de viagens, ver como escritores de diferentes épocas e culturas registaram as suas experiências, perceções e fantasias sobre o mundo. Voltado para a leitura e análise de textos, vamos explorar obras representativas da viagem como experiência transformadora, para o viajante e para o leitor. Um dos desafios é o de tentar entender o diálogo permanente entre viagem — simbólica ou real —, escrita e leitura.

O curso desenvolve-se em duas sessões:

  • Discussão sobre a definição ou o que se entende por literatura de viagens a partir de uma breve história do género, bem como o seu impacto na grande história da literatura, com exemplos que vão de narrativas clássicas, como A Odisseia, às atuais reflexões sobre o ato de viajar. 
  • Leituras comentadas de trechos selecionados de obras e autores representativos de vários estilos, geografias e épocas, textos clássicos e contemporâneos, trazendo ao debate algumas questões associadas ao género: o exotismo, o olhar do colonizador, a diversidade de perspetivas e de discursos

 

 

 

Curso de janeiro 

 

Biografia:

Maria do Rosário Pedreira [pdf

Sinopse: 

Hoje, quando entramos numa livraria, parece que há mais escritores do que leitores... Ninguém se atreveria a ser pianista, bailarino, arquiteto ou cineasta sem conhecimentos técnicos ou talento. Porém, como para escrever basta uma ideia, um caderno ou um computador (e ainda por cima qualquer atriz ou apresentadora de TV tem um livro publicado), toda a gente se sente tentada a escrever um livro. O problema é que isso leva a que depois os que leem se percam frequentemente em leituras que em nada contribuem para o seu desenvolvimento pessoal e cultural.

O presente curso ajuda a explicar que, quando falamos de livros, o talento não é a regra e que, de qualquer modo, é preciso muito mais do que talento para que um livro seja bom e valha a pena.


 


 

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